Recebi por Email esse texto reflexivo que nos fala tanto da firmeza que devemos ter ao atuarmos em sala de aula.
Espero que gostem...
Quando na segunda semana de aula a professora entregou, para os alunos de
alfabetização, como dever de casa, uma folha de produção de texto muitos pais
ficaram indignados...
-As crianças nem sabem juntar sílabas, não sabem ler,
mal escrevem o nome. Essa professora é doida?
Fez bem a professora em
prosseguir com sua estratégia ainda que desaprovada por muitos pais (alguns
deles igualmente professores) fez as recomendações e continuou desenvolvendo seu
trabalho.
A garotinha chegou em casa com aquele folha e olhava pra mãe e
dizia:
- Mas eu não sei...
A mãe respondia:
- Você não tentou
E ela
chorava ...
- E se eu errar?
- Se errar agora pode arrumar depois.
E
conforme ela ia tentando sem saber escrever palavra alguma (com medo de errar)
as lágrimas molhavam o papel.Muitos professores apontavam o erro diariamente, e
ela já tinha 3 anos de vida escolar. Tinha medo de errar.Mas ela fez sua
produção textual desajeitada.
Ficou aquela atividade, borrada, cheia de
palavras incompletas algumas incompreensíveis.
Mas a professora
orientou
- Não conte a história para ela escrever , não faça por ela e não
diga que ela errou.
No outro dia ela chega em casa feliz.
- Mãe, contei
minha história pra os colegas. Eles adoraram.
Pensar que não se compreendia
uma linha.
Uma semana depois ela já formava algumas frases, meio
incompletas, um mês depois já fazia o texto de uma folha serrando as sílabas
complexas.
Dois meses depois ela pede:
- Mãe, fala ai a palavra
maravilhoso pra eu saber como escreve!
- A mãe soletra:
-
MA-RA-VI-LHO-SO
Ao quea criança diz toda serelepe.
- Um M com um A, um R
com um A um LHO - e grita- Mãe eu tô ficando boa nesse negócio de
LH.
Resultado...
Três meses depois ela chega com a folha de produção de
texto feliz da vida e não pede ajuda para fazer... Senta na mesa, começa a
escrever e diz ao fim.
- Mãe, acabei, vou contar pra vc ouvir...
Lê,
escreve e brinca de salada de fruta com os irmãos.
Moral da História: Se
você é um bom professor e tem segurança do que está desenvolvendo em sala de
aula , não se preocupe nem lamente pelas críticas, siga a diante e colha os
frutos.
PS: Isso ninguém me contou, não é apenas um texto para refletir,
é relato do que aconteceu com minha filha esse ano. Vivi, posso falar sobre isso
com propriedade.
Não aponte erros, valorize o princípio de saber de seu
aluno.
Gi Barbosa Carvalho
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